“Sabores da Ilhas” regressa à RTP-Açores

“Sabores da Ilhas”, um programa da autoria e apresentação de António Cavaco, regressa à RTP-Açores, na primeira semana de outubro, com uma nova temporada de 21 programas, em que serão apresentadas confeções gastronómicas de todas as ilhas e também a contextualização cultural e histórica que lhe estão associadas.

A realização dos programas é assegurada por Vasco Pernes e a edição de imagem de Rui Machado, sendo uma coprodução com a RTP-Açores.

A primeira temporada de “Sabores das Ilhas” foi emitida, pela RTP-Açores, em 2011, tendo depois dado origem ao livro “Sabores das Ilhas – Gastronomia Tradicional dos Açores – Um roteiro de afectos”, com primeira edição em 2013.

 

Texto de presentação do programa

 

Há um tempo para tudo!

Há uma ocasião propícia!

Há um enquadramento certo!

Destas três afirmações, destacamos o tempo, porque ele encerra as restantes duas e está invariavelmente presente em todos e quaisquer processos da vida humana.

E neste seguimento, desde a realização dos “Sabores das Ilhas”, 2011/13, “Sabores da Diáspora”, 2014/15 e “Sabores do Mundo”, 2016, entre outros, tratámos incisivamente a cozinha, (bancada, confecção e mesa), numa vertente identitária e tradicional, com notoriedade para os produtos regionais e os actores da gastronomia.

Passado este tempo, considerando que, o turismo é uma realidade “consumada” na oferta dos Açores, em todas as suas vertentes, e a gastronomia é um produto turístico, faria todo o sentido, que repensássemos, uma nova abordagem dos “Sabores das Ilhas”, mantendo a gastronomia, mas num quadro diferente, agregado a outros factores, como, natureza, pesca, caça, cultura, história e turismo, numa perspéctiva “pedagógica”.

No fundo, é uma abordagem à identidade cultural açorina e à etnografia, de cada ilha, e cada concelho, com um sentido “pedagógico”, de contributo para a cultura turística do cidadão comum.

Há memórias, sensações e vivências que nos marcam, nos locais onde passamos, que ficam marcadas na geografia da alma, que nos vão construindo, e não esquecemos.

Afinal, a satisfação surge de pequenas coisas. Duma paisagem diferente, ou vista de outro ângulo. Dum chá, a comtemplar o por do sol. De provar um vinho, ao cheiro da maresia, trazida pela brisa morna, na geografia dos afectos. Saborear um caranguejo “fidalgo”, com os pescadores, numa taberna e conhecer a história, por detrás dum “prato”.

É isto que é preciso mostrar aos visitantes e muito mais aos residentes, para criar uma “cultura de turismo”. Mostrar um verdadeiro “quadro turístico” e humano.

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