A produção de alho na Graciosa, que atinge cerca de 25 tolendas por ano, poderá aumentar, caso exista uma maior aposta nessa cultura tradicional da “Ilha Branca”.
Durante uma conferência que decorreu ontem à tarde, sábado, no âmbito do Festival do Alho da Graciosa, os oradores realçaram a qualidade do alho produzido na ilha e deixaram o apelo a uma maior união entre os cerca de uma dezena de produtores que se dedicam a esse tipo de cultura tendo em vista a comercialização do produto.
A produção de alho na Graciosa ocupa um total de sete hectares e tem um rendimento líquido por hectare que pode chegar aos 6.100 euros.
No entanto, a produção é escassa, sendo rapidamente absorvida pelo mercado local e regional, apesar do grande potencial que o alho da Graciosa tem para a exportação.
Adelaide Mendes, do Instituto Açoriano de Mercados Agrícolas (IAMA), Graça Silveira, docente e investigadora da Universidade dos Açores e António Cavaco, grão-mestre da Confraria dos Gastrónomos dos Açores, José Castro, da empresa Agrialho, Bruno Moura, da cooperativa Agromais, Gregg Bozzo, ex-presidente do Festival do Alho de Gilroy (Estados Unidos) e de José Élio Ventura, diretor regional da Agricultura foram os oradores da conferência.
No âmbito da 1ª edição do Festival do Alho da Graciosa realizou-se uma feira de gastronomia com menus especiais na restauração da ilha, que começou a 25 de janeiro e terminou hoje, 3 de fevereiro.
Além da vertente da gastronomia, o Festival do Alho da Graciosa incluiu uma conferência, “showcooking”, atividades com crianças, exposições, visitas guiadas aos campos agrícolas.
A iniciativa foi promovida pela Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo com o apoio do Governo Regional através da Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA).
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