A Adega Lusitânia abriu as suas portas, na rua de São Pedro, em Angra do Heroísmo, a 11 de dezembro de 1962 e mantém, desde essa altura, a sua atividade até aos dias de hoje.
É, seguramente, o mais antigo restaurante da ilha Terceira e, ao que tudo indica, também aquele que mantém a sua atividade há mais tempo nos Açores.
A história da Adelga Lusitânia começou há 56 anos por iniciativa da família Oliveira, quando no mesmo local onde ainda hoje funciona, abriu uma marisqueira que, posteriormente, passou a casa de pasto e, a seguir, a restaurante típico.
Com uma decoração de estilo rústico com base em objetos ligado à atividade vitivinícola e alfaias agrícolas, que se mantém quase inalterada há várias décadas, a Adelga Lusitânia apresenta uma ementa baseada nos produtos locais de peixe e carne, onde se destacam a famosa Sopa da Tia Urânia, a Alcatra, os Filetes de Abrótea ou os Lombinhos à Terra Chã.
O restaurante funcionou, durante muito tempo, com uma equipa em que todos os elementos eram da mesma família.
O terramoto de 1 de janeiro de 1980 provocou danos no imóvel onde está instalada a Adega Lusitânia. Após os trabalhos de reconstrução, o restaurante reabriu a 20 de abril de 1983 com a decoração que tinha antes e a gerência da mesma família.
Passadas que são quase seis décadas da sua fundação, a Adega Lusitânia permanece de portas abertas quando largas dezenas de estabelecimentos de restauração surgiram e despareceram ao longo de todo esse tempo nos Açores.
Pedro Oliveira, filho dos fundadores do restaurante, disse ao cozinhaacoriana.pt que o segredo da longevidade da Adega Lusitânia está relacionado a persistência e a vontade de dar continuidade a algo que marca a sua família.
“O segredo para manter o restaurante aberto é muita vontade e esforço. Primeiro foram os meus pais a dedicarem-se ao restaurante até uma idade avançada, depois fiquei eu e o meu falecido irmão Carlos. Agora estou eu e os meus filhos a dar continuidade à Adega Lusitânia”, disse Pedro Oliveira.
Ano após ano, a Adega Lusitânia abre as portas todos os dias (exceto ao domingo). Em outros tempos, recebia clientes locais e visitantes. Hoje, o restaurante mantém a sua identidade na decoração e na ementa típica de gastronomia regional, sendo procurado, sobretudo, por turistas.
“A nossa clientela de agora é muito à base do turismo, embora isso aconteça mais no verão do que no inverno. Recebemos muitos turistas americanos, alemães, franceses italianos e de outras nacionalidades”, adianta o proprietário da Adega Lusitânia.
Tendo em conta as suas características, a Adega Lusitânia é mais que um restaurante. É um espaço afetivo para várias gerações de terceirenses e visitantes.
© Direitos Reservados